Muito utilizado no tratamento e prevenção (Quimioprofilaxia) da conhecida Tristeza Parasitária Bovina (TPB), o Imizol tem como objetivo atuar diretamente na cura dos animais reduzindo os prejuízos causados pela doença. E tem como princípio ativo o Dipropionato de Imidocarb.
Popularmente conhecida conhecida como TPB, a doença é causada por parasitas das hemácias (glóbulos vermelhos) dos gêneros Babesia e Anaplasma e traz em seu quadro típico de febre, anemia e apatia, grandes transtornos à rotina da fazenda e prejuízos a propriedade.
Quer saber mais sobre a doença? Leia nosso Guia Completo sobre a TPB.
Em entrevista ao Blog Agrocampo Giordani, a médica veterinária Núbia da Rocha Norbach, explica a importância do Imizol no tratamento da doença dá algumas dicas e orientações de como utilizá-lo.
Quais os benefícios do uso de Imizol?
O Imizol tem como objetivo promover a cura dos animais com TPB, independente do seu agente causador(Anaplasma ou Babesia). Seu efeito preventivo se dá através da quimioprofilaxia, proporcionando a redução dos prejuízos causados pela doença.
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O Imizol pode ser usado no tratamento de quais doenças?
Na pecuária, a tristeza parasitária é considerada uma das doenças que mais causam prejuízos econômico, isso devido a sua alta taxa de mortalidade, redução no ganho de peso, custos de tratamento, dentre outros.
O Imizol é indicado para o tratamento e prevenção da Tristeza parasitária bovina – que é um complexo de doenças causadas por hemoparasitas (parasitas de sangue) como a Babesiabovis, Babesiabigemia e Anaplasmamarginale. Sua principal fonte de transmissão se dá através de carrapatos e moscas hematófagas, em regiões onde há presença dos agentes causadores.
Os casos clínicos estão ligados a redução de imunidade e desafio com os vetores – carrapatos e moscas.
Lembrando inclusive que alguns fatores de risco para ocorrência das doenças são as variações climáticas – maior incidência no verão, desmame de terneiros, terneiros nascidos no inverno, excesso de vetores – carrapatos e moscas, uso excessivo de carrapaticidas , mudança de propriedade, feiras e exposições.
Outro ponto são os sinais clínicos observados, como a apatia, febre, anorexia, anemia, icterícia, respiração ofegante, aumento nos batimentos cardíacos, entre outros. E, o diagnóstico pode ser feito através de esfregaço sanguíneo ou por avaliação de um médico Veterinário da sua confiança.
O Imizol é usado apenas em bovinos?
Não, o Imizol também é utilizado em equinos para o tratamento da Nuttaliaequi, que é a babesiose dos equinos. Na dose de 1ml, o ideal é a administração em animais com 50kg de peso corporal, em via intramuscular. Este tratamento pode requerer duas doses com intervalo de 24 horas.
Como deve ser feita a administração do Imizol?
Nos bovinos, quando o agente causador não é identificado e no caso das infecções mistas – Anaplasma + Babesia ou Anaplasmose, a dosagem indicada é de 1ml para cada 40kg de peso corporal sempre via subcutânea.
Já nas infecções por Babesia (piroplasmose), quando confirmada por exame de sangue, a dosagem indicada é 1ml para cada 100kg de peso corporal, também subcutânea.
Existe alguma restrição para o uso do Imizol?
Não se deve aplicar o Imizol em animais que foram tratados com organofosforados e piretroides, nem animais debilitados.
No caso dos gados, existe algum período de carência para o abate?
O período de carência para abate é de 28 dias após a última aplicação. Bom lembrar que a prescrição e a orientação do medicamento deve ser feita sempre por um profissional capacitado e responsável pelos animais.
A equipe de Consultores técnicos da Intersul e da MSD que atuam no estado está totalmente à disposição para orientar os produtores da melhor forma possível.
Dicas Agrocampo
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Nossa entrevistada
Núbia da Rocha Norbach é formada em Medicina Veterinária pela Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ), pós graduada em Reprodução e Clínica médica de Bovinos pelo Instituto Qualittas de Pós Graduação.
Nubia atua como promotora Técnica em pecuária na Intersul atendendo a região norte do Rio Grande do Sul. Recentemente, deu início a outra especialização no curso de MBA em Gestão Executiva do Agronegócio pela fundação Getúlio Vargas.
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