Parvovirose: o que é e como tratar?

A parvovirose é uma zoonose conhecida também como doença gastrointestinal ou Enterite Canina Parvoviral. Por ser contagiosa e mortal acaba preocupando médicos veterinários e os donos dos pets por ser uma doença relacionada a vírus e comumente ataca os animais na sua fase filhote e na maioria dos casos acaba sendo letal. Segundo especialistas no assunto os sinais mais comuns da parvovirose está o vomito seguido de diarreia com sangue.

Histórico sobre a parvovirose

A parvovirose é uma das viroses mais conhecidas e, também, mais contagiosas que atingem cães e gatos domésticos. Mesmo sendo mais comuns em filhotes, pode atingir cães adultos, porém eles acabam sendo mais resistentes pela sua imunidade natural. Já em cães de raças puras ou animais mais fracos ou debilitados por verminoses ou outras moléstias, o índice de mortalidade acaba sendo maior.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a parvovirose ou Enterite Canina Parvoviral também ataca ratos, porcos, gado bovino e o homem, além de outros animais.

Em uma pesquisa apresentada em 2009, os médicos veterinários Gabriel Angelo, Cesar Augusto Ramos Cicoti e Vanessa Zappa, apontaram que a Parvovirose quando manifestada nos homens, aparentemente combina com outros adenovirus, causando infecções do trato respiratório superior e dos olhos causando conjuntivite.
Por isso, é classificada como uma Zoonose, por ser comum ao homem e ao cão. Lembrando que no caso dos homens, não tem a gravidade e consequências que se apresentam para os pets.

O vírus é transmitido pelas fezes e a sua porta de entrada é via oral. A infecção pode ser produzida via nasal ou oronasal. O vírus pode estar presente em outras secreções e excretas durante a fase aguda da doença. Insetos e roedores podem carregar o vírus de um local a outro e por isso a sua disseminação se dá muito mais pela persistência do vírus no meio ambiente do que pelos portadores assintomáticos.

Especialistas no assunto apontam que a eliminação ativa do vírus nas fezes fica limitada nas primeiras duas semanas pós-inoculação. Porém, existem suspeitas podem assustar: alguns cães podem eliminar o vírus periodicamente por mais de um ano. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental.

Veja abaixo algumas dicas que podem ajudar a identificar a Parvovirose:

1 – Idade do cão – Comumente a Parvovirose ataca filhotes com idade de seis a vinte semanas, desses 85% de todas as infecções ocorrem em cães com menos de um ano de idade.
Os filhotes acabam sendo mais suscetíveis porque têm um número muito alto de células em divisão no estômago e intestino e são exatamente este o alvo do vírus.
A Parvovirose pode sim atacar os pets em idade mais avançada, porém acabam sendo mais resistentes. Se a mãe do filhote não foi vacinada contra esse vírus, ele pode manifestar logo nas primeiras semanas de vida.

2 – Cães de raça – A parvovirose ataca mais cães de algumas raças, em especifico. Raças como Rottweiler, Pitbull, Doberman e Pastor Alemão são os mais atingidos pela parvovirose. Quando o animal pertence a um desses grupos a atenção deve ser redobrada.

3 – Comportamento do animal é primordial – O primeiro sinal, de acordo com os especialistas, é a letargia (estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo). O filhote fica menos ativo e aparenta ter menos energia. O bebê pet fica deitado pelos cantos e apresenta fraqueza e perda de apetite.

4 – Outros sinais perigosos – Verifique se o pet está com febre. A parvovirose causa febre que fica entre 40 e 41°C.

5 – Constate se o animal está vomitando. A doença ataca agressivamente o estômago, que está cheio de células em rápida divisão – alvo principal do vírus. O revestimento estomacal fica irritado e com úlceras, forçando o vômito.

6 – Fezes – Se o cão fazer fezes moles – característica de diarréia com muco, apresentando sangue e com forte cheiro, o ideal é correr com ele para o hospital veterinário ou levá-lo até o médico veterinário da sua confiança. Quando mais tardio os primeiros socorros, maior desidratação o animal sofrerá o que pode inclusive levar a óbito.

7 – Sinais de anemia – Por causar fortes sangramentos gastrointestinal, a parvovirose pode resultar numa forte anemia. Especialistas orientam que um pré diagnóstico pode ser feito através das gengivas, para isto pressione as gengivas dele. Gengivas saudáveis voltam a sua cor normal em apenas dois segundos, mais do que isso, o animal pode estar anêmico. A anemia também pode deixar as gengivas muito mais pálidas.

8 – Primeiros socorros – Quanto mais rápido o cão for levado ao veterinário, maior a chance de sobrevivência. Infelizmente, em alguns casos, a identificação é demorada e por isso a doença acaba se agravando e o animal acaba morrendo de desidratação.

9 – Teste ELISA – Para identificar a doença o ideal é realizar o teste ELISA (Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay) de ensaios imunoenzimáticos. Assim é possível verificar se existe algum sinal do vírus nas fezes do cão e pode ser realizado no consultório do médico. Esse teste fica pronto rapidamente, mas pode não ser 100% eficaz.

10 – Siga o que o médico determinar. Infelizmente, não existe cura para a  parvovirose. Por isso, siga exatamente o que médico veterinário recomendar. Pode estar inserido no tratamento a internação, medicamentos, vitaminas, dentre outros.

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