Ministério da Agricultura faz retrospectiva do agronegócio em 2017

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, fez uma retrospectiva dos principais pontos do agronegócio em 2017. Ele aborda questões ambientais, da safra recorde, política agrícola e exportações. Confira!

(O texto foi reproduzido conforme divulgado pelo Mapa e não representa, necessariamente, as opiniões do blog.) 

blairo maggi
Foto: Mapa/divulgação

Meio Ambiente

O banco de dados da Embrapa territorial permitiu dar total transparência sobre a ocupação do solo no país. Não se trata de “achismo ou chutômetro”, são informações de satélite que mostram a preservação de mais de 66% do território nacional com vegetação nativa. Tudo preservado na forma original de quando Cabral chegou ao Brasil. Nenhum país no mundo tem a agricultura tão sustentável como a nossa. Isso nos torna competitivos. Temos que corrigir o discurso de quem ataca nossa agricultura e, isso, com base em números incontestáveis.

Supersafra

O produtor sabe que em ano de grandes safras, os preços ficam mais baixos. Faz parte da nossa atividade e, por isso, em determinados momentos a política agrícola tem que entrar em ação. Quando os preços caem muito, é preciso dar sustentação aos preços. Isso não significa proteger o aspecto financeiro do agricultor, mas proteger a agricultura porque o produtor que quebra, no ano seguinte ele não estará no mercado, consequentemente vai faltar mercadoria. Política agrícola é isso: interferir quando o preço está muito baixo para haver equilíbrio e para que os consumidores não tenham problemas.

Resultados

O ano foi difícil, de muitas incertezas, mas, sem dúvida nenhuma, estamos mais fortes do que antes. Estamos terminando o ano com volume maior de exportação e também em recursos financeiros, 13% a mais em volume de vendas e 9% em faturamento.

País sem aftosa

O importante é que nós estamos chegando ao final de 2017 já com o Brasil sendo declarado livre de febre aftosa com vacinação. E vamos caminhar para até 2023 retirar a vacina e transformar o plantel brasileiro livre de aftosa sem vacinação. Até lá, vamos avançar e fazer o enfrentamento. O Ministério da Agricultura está muito seguro do que está propondo e nós vamos seguir em frente.

Estados Unidos e a agricultura brasileira

Demoramos 17 anos para abrir o mercado lá e, quando conseguimos, plantas frigoríficas tiveram problemas. Trata-se de um mercado exigente e estamos fazendo todo o retrabalho para voltar dentro de muito pouco tempo. Penso que nos primeiros meses do ano será possível reverter isso. Também houve a taxação do álcool deles e isso contribui para sensibilizar a relação comercial.

Rússia e a agricultura brasileira

Estamos renegociando com a Rússia a reabertura do mercado de carnes. Eles sempre reclamaram maior participação de venda de produtos agrícolas aqui no Brasil como trigo, peixes e carnes também. Esperamos que em janeiro, fevereiro, a gente volte a todo vapor vendendo para a Rússia.

Importação de leite uruguaio

Nós somos o produto das escolhas do passado. Estão previstas entre os países do Mercosul todas as condições de negociação, entre seus membros, com ou sem custos. O Ministério da Agricultura e nenhum dos ministérios têm capacidade de simplesmente trancar tudo e não deixar que o fluxo de comércio aconteça. Nós tomamos algumas ações que achávamos que deviam ser tomadas. Temos, então, que trabalhar permanentemente nas políticas internas. Falei com o ministro Henrique Meireles (Fazenda), há poucos dias, e expliquei que, quando nós agricultores temos que competir com custos diferentes, criam-se dificuldades. Nossa carga tributária, sobretudo de insumos, é um diferencial. E precisamos concorrer de igual para igual.

Esta foi a declaração do Ministro Blairo Maggi. E você? Concorda com as afirmações, opine sobre o assunto. Um setor agropecuário mais forte depende de você produtor, deixe seu comentário.

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