Conheça o Cavalo Pantaneiro

Conhecido por sua beleza indiscutível, rusticidade, força e excelente adaptabilidade, o cavalo Pantaneiro está entre as principais raças equinas do país.

A maior concentração de animais está no estado do Mato Grosso, em especial, no Pantanal (que dá origem ao nome).

Históricos apontam que a raça tem mais de dois séculos e os primeiros animais surgiram nos municípios mato-grossenses de Poconé e Cacéres, importantes regiões criadoras de gado de corte do país, em especial raças zebuínas como o Nelore e o Sindi.

Com um baixo custo de manutenção, o cavalo Pantaneiro é resistente as mais variadas condições climáticas no Brasil, aguentando desde restrições ambientais do bioma pantaneiro até condições de altas temperaturas.

Outro fator positivo é a sua resistência a insetos e predadores, o que o torna um animal forte e rústico atendendo às necessidades de seus criadores que buscam uma raça considerada forte – podendo aguentar uma longa jornada de trabalho, contribuindo na hora da lida com o gado. Seu casco é muito resistente e não requer cuidados excessivos a exemplo de outras raças equinas, o que faz desse animal, mais resistente ao longo dos anos.

 “Cavalo Pantaneiro – Rústico por natureza”

Sua origem está associada aos cavalos Ibéricos que foram trazidos ao Brasil na época da colonização. Existem ainda evidências da participação de cavalos de indígenas, procedentes do Paraguai, na formação deste tipo de animal, conforme pesquisas publicadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A entidade em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) são responsáveis pelo livro: “Cavalo Pantaneiro – Rústico por natureza”, publicado em 2016.

A obra traz informações preciosas sobre a origem e trajetória do cavalo Pantaneiro. Entre essas, a criação da Associação Brasileira de Criadores de Pantaneiros (ABCCP), em 1972 e, mais tarde, a implantação de outros núcleos de conservação e instituições de pesquisas que foram criadas com a proposta de conservar e estudar a raça.

O material conta ainda com informações sobre as principais características da raça, adaptação ao meio ambiente, conformação, pelagem, genética, funcionalidade, aspectos reprodutivos, nutricionais, sanitários e culturais, dentre outros.

A obra completa “Cavalo Pantaneiro: rústico por natureza”  está disponível para venda na Livraria Embrapa (www.embrapa.br/livraria).

Cavalo Pantaneiro e seu padrão racial

Os cavalos Pantaneiros tem entre suas características raciais um porte médio, chegando a uma altura de até 1,4 metros para os machos e entre as fêmeas, essa metragem pode chegar até 1,35 m e, até 350 kg, aproximadamente.

Sua musculatura é bem distribuída, com ossos resistentes, além de apresentar articulações e tendões bem definidos. O cavalo também se mostra bem altivo e dócil.

Dica para quem quer criar cavalo Pantaneiro

Uma reportagem especial do portal ruralcentro apontou algumas dicas para quem quer criar o cavalo pantaneiro. Confira abaixo:

  • O equicultor deve adquirir bons animais, de procedência segura e de criadores que fizeram boa seleção genética no cruzamento.
  • O custo de produção do cavalo pantaneiro é barato, uma vez que o animal é criado a pasto. O cavalo é rústico, de fácil adaptação inclusive em outras regiões como no planalto, já que os cascos desta raça são considerados um dos mais duros e mais resistentes que existem, atrás apenas do burro.
  • O garanhão pode ser solto com a manada bem cedo. Outro ponto a ser destacado é que a monta do cavalo pantaneiro é a campo.

A reportagem mostra ainda que a raça é alvo de alguns mitos. O criador de cavalo Pantaneiro, Luciano Barros, da Fazenda Rancharia no Mato Grosso do Sul, diz que sua produção começou com o apoio do avô e associada com outras raças (algumas importadas). Entretanto, esses animais, em especifico, não suportaram o clima do pantanal mato-grossense e acabaram vindo a óbito.

Segundo ele, a raça é considerada por muitos, selvagem e de difícil manejo, porém, nada disso é verdade.

“O pantaneiro é uma raça muito mansa, dócil, de índole a toda prova, com bom temperamento, um cavalo que os americanos denominam como possuidor de cowsense, ou seja, que gosta do boi, então um animal preparado para o campo”, pontua.

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